Fonte: CQCS | Pedro Duarte
“Entre 52% a 56% da frota circulante possuem até 10 anos, fator que constitui a principal ‘barreira de idade’ para contratação de seguro”. A declaração é do professor da Escola Nacional de Seguros Curitiba, Valdemiro Cequinel Belli, que leciona as disciplinas de Automóvel e Informática.
De acordo com o especialista, as dificuldades de aceitação pelas seguradoras estão relacionadas, sobretudo, à relação custo/benefício, tendo em vista a depreciação dos veículos e aumento da taxa do seguro, conforme o automóvel fica mais velho.
“É assim que muitos veículos deixam de ser segurados. Embora a Susep tenha se empenhado em criar um produto de Seguro de Automóvel para carros mais antigos, a cobertura ainda não chegou a ser comercializada por nenhuma seguradora, por conta de problemas com fornecimento de peças para reparação e dos obstáculos legais quanto à instalação de peças usadas”, reforça Belli.
Ele lembra que a idade média dos automóveis no país é de 12,9 anos e a concentração ocorre na Região Sudeste. O índice, porém, vem sofrendo redução nos últimos anos, em função da grande quantidade de novos automóveis entrando em circulação.
“Embora os números sejam promissores, o Brasil ainda possui uma média de 249 veículos para cada 1.000 habitantes, situando-se na 57° posição no mapa mundial de veículos por habitante. Tratando-se da 7ª. economia mundial, vemos que ainda temos grande espaço para crescimento”, argumenta.