Um balanço dos preparativos para a Copa, nas doze cidades-sede
Nos últimos 15 dias, foram publicadas doze reportagens com análises e balanços dos preparativos das cidades-sede para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo de 2014.
De forma geral, as matérias evidenciam que os estádios estarão prontos dentro do prazo, mas revelam também os atrasos nas obras de mobilidade urbana e de aeroportos. Enfim, a 434 dias da Copa de 2014, o tão esperado legado ainda é uma miragem.
Belo Horizonte
Estádio pronto desde dezembro, mas apenas uma obra de mobilidade urbana entregue para a Copa das Confederações. O governo municipal prometia outras obras prontas até maio, mas os vários BRTs previstos somente estarão funcionando em 2014. No aeroporto de Confins, um dos projetos foi trocado por um terminal remoto, uma vez que o empreendimento será entregue à iniciativa privada.
Brasília
A capital federal não terá mais o VLT, grande projeto de mobilidade urbana para a Copa, mas espera compensar a situação com a duplicação da rodovia DF-407, que dá acesso ao aeroporto. O Juscelino Kubitschek, por sinal, já teve obras inauguradas pela Infraero e segue firme. O Estádio Nacional Mané Garrincha ainda preocupa: precisa concluir os 6% finais da obra em poucas semanas.
Cuiabá
Estádio que menos avançou no último ano de 2012, a Arena Pantanal tira o sono até mesmo dos auditores do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, que verificaram atrasos na obra do estádio e em outras intervenções na mobilidade urbana de Cuiabá. O projeto que mais exige atenção é o VLT, com 22% das obras concluídas a menos de um ano do prazo de entrega.
Curitiba
A despeito de contar com um moderno e consolidado sistema de transportes, Curitiba não vem cumprindo com a promessa de realizar todas as suas melhorias em mobilidade urbana para a Copa. Duas das cinco obras sequer começaram. Já a Arena da Baixada precisa correr contra o tempo para ser entregue até o fim do ano.
Fortaleza
A capital do Ceará se destacou pela agilidade, ao entregar o primeiro estádio pronto para a Copa, o Castelão. Agora, no entanto, os desafios são outros: concluir as obras de mobilidade, como os BRTs e o VLT Parangaba-Mucuripe, e terminar a reforma no aeroporto Pinto Martins em tempo hábil.
Manaus
Depois de desistir dos projetos de mobilidade urbana para a Copa, Manaus voltou as atenções para a Arena da Amazônia, um dos estádios mais atrasados da Copa de 2014, e para as reformas no aeroporto Eduardo Gomes. Em ambos os casos, as obras passam da casa dos 55%. O estádio ainda preocupa, mas avanços recentes dão conta de que a construção da futurista arena da Copa deve deslanchar.
Natal
Concluir a construção da Arena das Dunas não é a única dor de cabeça dos organizadores da Copa em Natal. O moderno aeroporto de São Gonçalo do Amarante, projetado para ser um dos maiores do mundo, pode não ficar pronto para a Copa. Não bastasse isso, as obras de mobilidade na capital potiguar enfrentam atraso e uma delas, uma obra viária, foi excluída da Matriz de Responsabilidades de 2014.
Porto Alegre
O Beira-Rio vem impressionando, e se consolida com um dos maiores avanços recentes entre os estádios da Copa. Ritmo semelhante ganhou o pacote de mobilidade urbana da cidade, com todas as dez obras dentro do cronograma. Em contraste a isso, o aeroporto Salgado Filho ainda não decolou as reformas prometidas para 2014.
Recife
Palco da Copa no Grande Recife, a Arena Pernambuco dobrou o ritmo das obras para convencer a Fifa de que fazia jus à condição de sede da Copa das Confederações. Hoje o estádio está muito perto de ser concluído. Na mesma toada, as obras de mobilidade urbana também têm situação positiva, com as primeiras intervenções sendo entregues nos próximos meses.
Rio de Janeiro
Na Cidade Maravilhosa, um dos quatro BRTs será entregue para a Copa, bem como as obras do aeroporto do Galeão e as reformas no entorno do Maracanã. O problema é que o próprio Maracanã, a apenas 5% de seu final, teve sua conclusão adiada várias vezes, e será entregue à Fifa poucos dias antes do início da Copa das Confederações.
Salvador
Sem conseguir ajustar a operação (e a ampliação) do metrô com o calendário da Copa, Salvador vai resumir a mobilidade urbana a duas obras de revitalização de calçadas e rotas de pedestres para 2014. A Fonte Nova, por sua vez, é o grande orgulho do baiano: o estádio é o terceiro a ser entregue para a Copa.
São Paulo
A capital tem tantos desafios quanto o tamanho da metrópole sugere. O principal deles talvez seja garantir um final feliz no imbróglio entre Corinthians, Banco do Brasil, BNDES e Odebrecht, que empaca as obras no estádio de abertura da Copa. Outro desafio é o de melhorar as linhas do metrô e trens urbanos, para a ligação de Itaquera com o centro da cidade e os aeroportos de Congonhas e Guarulhos.
Fonte: Portal 2014